Apenas um coração quebrado, uma existência carregada de emoções e momentos, isto é o que cada um de nós se limita a ser, esperando por mais um momento de satisfação ou alegria.
Ela caminhava pela rua e sentia seu corpo pesado, seus pés pareciam carregar o peso de uma roupa encharcada e sua mente estava cheia de pensamentos diversos. A cada passo que dava, sentia em seu peito uma dor maior. Até o momento em que a música podia ser ouvida por seus ouvidos, tudo se tornava mais leve, seus lábios se descontraiam, seu olhar tornava-se mais vago e seu corpo mais suave. Era um momento único, aquela caminhada pela manhã, nada mais lhe fazia sentido, mas aquela caminhada pela manhã era um bom motivo para que ela pudesse continuar a existir.
Ao olhar para as pessoas na rua ela sempre se entristecia, não sabia as dores que as acometia, não sabia nada sobre elas e nunca saberia. Pensava em como devia ser maravilhoso poder saber tanto a respeito dos outros a ponto de esquecer-se de si própria. Sentir a dor alheia tem lá sua beleza, sentir a dor alheia é poesia, sentir a própria dor é devastador, era o que ela pensava todas as manhãs quando saía.
Seus olhos já tomados pelas lágrimas invisíveis e seu sentimento de não ter mais escolha alguma além de continuar caminhando, ela andava e sentia em todo seu ser a beleza da vida, uma flor que desabrocha, uma criança que nasce, um casal se apaixonando a primeira vista, um estudante em seu primeiro dia de aula em uma escola nova, uma orquestra a ser composta, um corpo a cair de uma janela, ela podia sentir tudo aquilo e ao mesmo tempo nada. Cada passo tornava-se a única saída. Olhar para o lado e lembrar do brilho daquele sorriso, o brilho nos olhos, os corações disparados e o sentimento que brotaria para toda a sua vida. São belas lembranças que se tornavam mais tristes a cada novo instante. As palavras que não foram ditas, as coisas que deixaram de ser feitas por algum motivo egoísta. E ela só conseguia pensar na única escolha que teria, há anos ela sabia a maneira como tudo terminaria, mas mesmo assim havia escolhido a vida, pois sabia que era impossível conhecer a felicidade e sentir a paz sem haver vivido a vida que lhe foi dada.
Um passo mais leve que o anterior, um olhar para o alto, para os lados, para trás e o último para frente. Sempre em frente ela seguia. E seus passos se tornavam mais firmes enquanto seu coração se tornava mais frio, suas lembranças mais devastadoras e o amor, para que servia tanto amor ela já não sabia. Tinha tanto em seu peito, mas não tinha o ser a quem tanto desejava, era tanta aflição para um coração só, era tanto medo e ao mesmo tempo, tanta vontade de viver. Caminhando pela rua ela v ia as árvores, ouvia o canto dos pássaros, o motor dos carros, as pessoas vivendo a sua volta, o mundo não pararia se ela parasse e ela continuou.
Sabia que um dia tudo teria um fim e que fosse um fim feliz, era o que ela desejava, que no fim, pudesse ser feliz como foi naquele dia peculiar, aqueles olhos tristes já não viam alegria há muito tempo e aquele corpo frágil já não a sentia há muito também.
Ela caminhava pela rua e sentia seu corpo pesado, seus pés pareciam carregar o peso de uma roupa encharcada e sua mente estava cheia de pensamentos diversos. A cada passo que dava, sentia em seu peito uma dor maior. Até o momento em que a música podia ser ouvida por seus ouvidos, tudo se tornava mais leve, seus lábios se descontraiam, seu olhar tornava-se mais vago e seu corpo mais suave. Era um momento único, aquela caminhada pela manhã, nada mais lhe fazia sentido, mas aquela caminhada pela manhã era um bom motivo para que ela pudesse continuar a existir.
Ao olhar para as pessoas na rua ela sempre se entristecia, não sabia as dores que as acometia, não sabia nada sobre elas e nunca saberia. Pensava em como devia ser maravilhoso poder saber tanto a respeito dos outros a ponto de esquecer-se de si própria. Sentir a dor alheia tem lá sua beleza, sentir a dor alheia é poesia, sentir a própria dor é devastador, era o que ela pensava todas as manhãs quando saía.
Seus olhos já tomados pelas lágrimas invisíveis e seu sentimento de não ter mais escolha alguma além de continuar caminhando, ela andava e sentia em todo seu ser a beleza da vida, uma flor que desabrocha, uma criança que nasce, um casal se apaixonando a primeira vista, um estudante em seu primeiro dia de aula em uma escola nova, uma orquestra a ser composta, um corpo a cair de uma janela, ela podia sentir tudo aquilo e ao mesmo tempo nada. Cada passo tornava-se a única saída. Olhar para o lado e lembrar do brilho daquele sorriso, o brilho nos olhos, os corações disparados e o sentimento que brotaria para toda a sua vida. São belas lembranças que se tornavam mais tristes a cada novo instante. As palavras que não foram ditas, as coisas que deixaram de ser feitas por algum motivo egoísta. E ela só conseguia pensar na única escolha que teria, há anos ela sabia a maneira como tudo terminaria, mas mesmo assim havia escolhido a vida, pois sabia que era impossível conhecer a felicidade e sentir a paz sem haver vivido a vida que lhe foi dada.
Um passo mais leve que o anterior, um olhar para o alto, para os lados, para trás e o último para frente. Sempre em frente ela seguia. E seus passos se tornavam mais firmes enquanto seu coração se tornava mais frio, suas lembranças mais devastadoras e o amor, para que servia tanto amor ela já não sabia. Tinha tanto em seu peito, mas não tinha o ser a quem tanto desejava, era tanta aflição para um coração só, era tanto medo e ao mesmo tempo, tanta vontade de viver. Caminhando pela rua ela v ia as árvores, ouvia o canto dos pássaros, o motor dos carros, as pessoas vivendo a sua volta, o mundo não pararia se ela parasse e ela continuou.
Sabia que um dia tudo teria um fim e que fosse um fim feliz, era o que ela desejava, que no fim, pudesse ser feliz como foi naquele dia peculiar, aqueles olhos tristes já não viam alegria há muito tempo e aquele corpo frágil já não a sentia há muito também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário